quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Papo de aluna com Virgínia Farias


Apresentação

Bem, continuando o papo de aluno, vou falar um pouco sobre a experiência que tive com mobilidade acadêmica informal, na UFC em Fortaleza. Meu nome é Virgínia Farias. Atualmente, estou cursando o 8º semestre do Curso de Sistemas de Informação . Essa oportunidade surgiu através do Prof. Enyo, que quando assumiu a atividade de estágio, realizou um grande trabalho buscando oportunidades de estágio para os alunos que deveriam fazê-lo. Com isso, surgiram vagas na Ifactory Solutions, que também tem atividades em Quixadá (na Católica). A proposta era ficar um ano em Fortaleza e voltar para continuar na unidade de Quixadá, de maneira a obter mais experiência em Fortaleza e trazer essa experiência pra Quixadá. Aceitei o desafio.

O mundo novo
Então, era preciso fazer as disciplinas em Fortaleza. A adaptação não foi tão difícil quanto imaginava.  O tempo que se gasta com deslocamento  é que foi algo ruim. Nos dias em que precisava ir de casa pra aula, da aula pro estágio, do estágio pra aula (novamente) e da aula pra casa, perdia de 3 a 4 horas do meu dia. Isso é muito tempo. Não tinha como utilizar esse tempo lendo, então resolvi algumas vezes ouvir áudio aulas de inglês pra não perder por completo esse tempo.

Com relação às disciplinas, não muda muita coisa. Os professores têm a mesma qualidade. Porém, a proximidade que temos dos professores do campus Quixadá é bem diferente. Acho que isso é um grande diferencial. Sempre que precisamos deles, estão dispostos a ajudar, a relação é bem mais que somente professor-aluno, chegando algumas vezes a ser de amizade. Outra coisa também que achei diferente foi o relacionamento entre os alunos. Não há tantaunicidade. Mas isso pode ser pelo fato de sermos novatos.

O que você levou de Quixadá?

Em relação ao que me foi útil durante a graduação para esse novo desafio, digo: TUDO FOI ÚTIL. Todos os conhecimentos de que necessitei, já havia tido uma base em alguma disciplina. Durante a avaliação do estágio, por parte da empresa, recebi elogios quanto ao conhecimento que tinha que estava além do que esperavam. Isso deve ao fato que os professores falam do que é necessário saber, pois quando ainda estamos somente dentro da universidade, não sabemos ao certo o que o mercado está precisando, o que é preciso conhecer.

O que poderia mudar?

O que o Caio falou também se aplica no meu caso. Acho que falta mais prática, vê a coisas funcionando. Os trabalhos não deveriam ser apenas mais um arquivo guardado na pasta trabalhos da disciplina X do semestre Y. Eu ficaria mais motivada se visse o que eu fiz na disciplina sendo útil em alguma coisa, sendo utilizado no mundo real. E acho que o principal que está faltando é : APRENDER A APRENDER. Não há como aprender tudo que temos que saber durante a faculdade (nem meso durante uma vida). O universo de conhecimento é enorme, então temos que aprender a nos virar quando temos que aprender algo. Isso aconteceu comigo no estágio. Perguntaram-me se queria entrar em um projeto com uma tecnologia nova (que nunca tinha visto), que era Portal (utilizando uma ferramenta específica). Jamais iria dizer que não queria porque não conhecia. Vi nisso uma oportunidade. Tive que me virar pra aprender e tenho certeza que isso contou muitos pontos positivos pra mim.

Portanto, o que falta acrescentar aos professores? Melhorar as metodologias de ensino. O que falta aos alunos? Mais vontade de estudar. (Inclusive eu). Ao que estão começando agora, aproveitem esses professores que vocês têm. Não é o fato de estarmos no interior que nos deixa atrás de qualquer outra universidade nesse país. Somos bons e podemos ser melhores.

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